Em nuvens
suspensas
Por fios de
amarração
Num palco de
encenação
No ar de
plenitude tensa
É para a
poesia
Como a
melancolia
Dos atos
modernos
As palavras
fluem
Nos ballets
de sensibilidade
Dos seus
dedos fecundos
Manuscritos
a ganhar o mundo
Última
poetisa
Como a
Arara-Azul-de-Lear
Raríssima.
Belíssima
Na distância
de um olhar
Para os
poucos
Para um
mundo limitado
Quase morto
Da música
dos dedos
Um
sentimento inacabado
Ganhando
pedaços
E há cada
estrofe se despedaça
Entrego-me
ao seu céu
De
rachaduras negras e espuma
A um
mausoléu de folhas brancas.
Ander 30/09/2011
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