sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O poeta que é poeta


Interna na essência mística de uma fêmea,
E nas brasas a virilidade tesa de um touro,
E nunca pela capacidade dentro do útero não semeia:
Por que doravante é a forma estúpida do mau agouro.

Há no ar partículas que talvez não as compreenda ainda,
Intenções a versas à Natureza que só os homens de finos tratos a compõem,
Eles descem, tecem e mordem o Éden mais valioso da vida,
Claros, transparentes, potentes e mórbidos. Há o Sol que se põe.

O poeta que é poeta tem a alma e a lasciva feminina,
Ele imortaliza as dores da desgraça e esculpi a sina,
Numa singularidade ímpar, na dança dos possessos ele peregrina,

Mas quando arranca o lençol daquela que repousa,
Curva um cavalheiro perante sua amada esposa,
Enfoca e é mais sensível: Aí é a sua musa.


Ander 26/04/2008

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