sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ander




Este meu coração é silvestre
Trepidando ao sinal de Baphomet
Corro para as Musas dos vales campestres
Amazonas de Sombra e de Morte.

A lança arremessada
Dilacera a espinha ereta
Eu sou aquele que observa:
Pós-homem. Além das feras de Creta.

Essa solidão anatômica devora
Devora a magnitude
O amplo rude de todas as significâncias
E todo o esplendor inútil da atitude.

O envelhecimento das células,
Este remédio, este placebo que me dão para tomar:
É toda a importância do mundo
A única importância para mim está no fundo do mar.

A beleza se encontra na decomposição
Da matéria voltando ao Princípio preto
Do preto conjugando ao acaso da ovulação
Essa capacitação a cada coisa formada dentro do seu contexto.


Ander 03/12/2009

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