Uma tecla de
um piano grande e velho
Numa
sequência ininterrupta do dedo
Subindo e
descendo franzindo o cenho
Entre
oscilações do tédio, espanto e medo.
Uma flauta
de uma boca imaginaria
Suspensa no
ar de um lado a outro
Triste todas
as vidas tocando iria
Nas campinas
deserta, quebradiça.
O triste e
de seu próprio assombro
Caminha a
amargura e levita o leviatã
Na figura de
um fantasma que não assusta
Figura de
gente que tem as constelações nos ombros.
Como anil do
céu são os olhos negros
Sem idioma e
sexo ponderado e débil
Incerto.
Torto. Sem quaisquer gêneros
Harpa
enfadonha e seu inferno móvel.
Meus clichês
de música tediosa de misantropia
Nascem na
antropologia genealógica de Jesus
E fui Eu
morrer assim como o apostolo André
Em uma cruz
em forma de X na Grécia Antiga.
Ander 11/06/2012
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