Lívida
escultura dos desertos mornos
Tua boca
regurgita um demônio infame
Teu ventre
reflete o emaranhado dos tinos
Numa
contemplação em meu coração enorme.
Ilha de
escândalos e o mar é sangue pútrido
Meu amplexo
é puro e este amor incorrupto,
Donde o
pranto arregaça o peito...
Escombros de
ratos e cidade fantasma sobre a lua.
Águas do
Nilo antigo; sua íris esverdeada e elevada
Tu não és
dessa época, de incompleta e carregada fera...
Que rugem ao
abismo... Não! Somos filhos da inocência em Pandora
Excomungados
de solidão e exilados numa terra nevada.
Enlace-me
pela terra noturna, nos guie gentilmente a Natureza
E vou a
vendo assim melancólica numa ponderação profunda
E se
pergunta “- Só a alma insana, é verdade,
és fortaleza?”
Retorna
assim em cova, Óh! Loba em penhasco em sangue.
Posses
vazias como águas em mãos, amanhecem
Pior
deveras; como um deformado em noite de inverno
Todo aquele,
pois, que em teu leito veio entardecer
Ficaram em
jubilo... Mas jamais tiveram como eu estive em você.
Lacrado este
peito, deveras enegrecido, deveras sofrido
E nenhum
homem ousou tê-lo porque é complexo...
E
terrivelmente belo.
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