sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Isolamento em um tapete


Neste tapete velho e poeirento
Penso no passado e presentes dias
Dia próximo de meu tétrico lamento
Não obtendo meus desejados fins

Há um ruído que me enfurece
Quero morrer por respirar
De fora desse degradante ambiente
Desconcentrado por essa harmonia.

Repulsa da beleza desse som decadente
Ansiosamente a espera do silencio das cordas
Caio estupidamente nessa teia
Meus tímpanos expostos, agora extraídos.

Subitamente em que há silencio
Volto a minha monótona decadência
Enquanto o mundo está em cio
Eu sou obsoleto.

Tampo a brecha de luz
 Seca a esperança que morre
Cobrindo a um negro capuz
Na isolada pigmeia torre.

Sou ume voyeur da solidão
Dessecando com carinho
Esbarro-me neste chão
Neste velho e poeirento tapete.


Ander 20/06/2002

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