Curvas de amor. Anestésica
Esculpidas
por desvios de conduta
Em que a
Natureza tediosa de tal música
Arrancou
profundo uma porção de carne bruta:
Há envergar
para os três anjos do céu
O falo mais
fabuloso que uma mulher oculta
Híbrida dos
dois sexos num tamanho escarcéu
O carnaval
ininterrupto de um útero bêbado de cicuta.
Câmeras
frias, acanhamentos descartáveis
Propulsão do
sexo e inconsciência retroativa
A impelir a
ciência nas formulas inexplicáveis
A explicar o
regozijo indiferente da natureza ativa.
Agressiva, e
dócil bicho da selva moderna
Libertina e
hedonista e decadente em luxuriahahas!
Carrega o
asco de Jesus Cristo nas próprias pernas
E de todos
os santos. Condenada a vil Inferna e fúria.
Teu pau é a
espectadora; frívola ou atuante
Espécie nova
de serpente no convés do amanhã
Na sombria
intimidade Hebraica do varonil amante:
Faz-se a
fêmea atiçadíssima que suas memórias entranha.
Nas divisões
do Inferno Reina Sodoma e Gomorra
Um som
irritadiço flui da garganta em vibrações com o ânus
Áspera!
Serena! Tremula! O corpo inteiro acolhe a porra
E se igualam
tais prazeres: O do rabo é amigável com a deusa de Vênus.
Latrinas e
prédios. Uma canção moribunda da noite
Faróis
tímidos revelam um corpo seminu. Estrela de bronze
O estômago
ébrio do cérebro na corrupção e putrefação da sorte
Vai cair à
00h00min a luz morta da esquina do número onze.
Ander 31/12/2011
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