sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O vinho desregrado




Dê me agora a garrafa... seca!?
Tu transbordaste a taça de vinho vil
Escorreu pela boca a febre, o desvario
De uma mulher completamente acesa.

E nua a contorcer nos lençóis
Rasga um pedaço do própria lábio
E encharca-se de sangue até o clitóris
De danações, lubricidades e escárnios.

Lá a meretriz das plebes se constrange
E vá correndo encenar as penas de Maria
Pois tu aqui a pedir que ainda mais a sangre
Quando o grande lobo esgotado quase morto cairia.

E teu corpo doloroso ao gozo clama
A tentação, essa lascívia que tanto inflama...
Roga aos céus e quando Deus não mais se excita
Há um gole do vinho mais vil em minha garganta.


Ander 24/01/2015 

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