sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Acerte o Sol com sua espingarda


O mundo morreu, amigo
Mas o mundo está mais vivo
Dos sonhos que desceram consigo
E o corvo e o abutre rabiscam seu livro.

Quando a vista aguada
E fecham duros, esmaga
O sopro da vida acuda
Definha, retorce, apaga.

Mas as águas não param
Ventos estremecem nas trevas
E tantos ruídos fazem as bicharadas
E nenhum condiz com seu fantasma.

Tristezas colheu, amarguras infindas
(Vai! Acerte o Sol com sua espingarda)
A vela da vida oscila. A serpente...
O cordão umbilical já te estrangula.


Ander 20/08/2014

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