O funeral
das esferas melancólicas do Universo
Fez-se
quando a terra ardeu em cinzas
E o pranto
dos oceanos encharcou-se em versos
Se banhado
em sangue espesso de almas frias.
Pelo espaço
como pó de lindas estrelas
A existência
solilóquio há viu um dia
Um anjo sem
destino pela atmosfera
Vagando
absorta numa contemplação divina.
A terra que
sofre, solenemente esculpia teu crânio e espinha
Dando marcha
ao peito, o coração negro. A terra escolhia...
A terra
escolhia átomo por átomo e o teu corpo construía
No término
de teu feito vestiu-a com a pele minha.
Eu, este
cadáver antropófago, do tédio da carne humana
E em todas
as paixões da vida, fui negligenciando uma por uma
No entanto a
terra suspirou e estendeu as mãos ao infinito
Impelindo
minha alma morna a retirar as vestes do luto.
Formosamente
vem, oh cândida, cristalina
Vem do
espaço, de um céu vasto descer sobre as colinas
Como o anjo
e as asas do Inferno, contemplarei teus lábios,
Os fios
cacheados e a tua vontade em trucidar os já mortos.
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