Para você e,
É sempre
para você
Não há mais
ninguém
E mesmo se
tivesse alguém além
Ainda esse
alguém seria ninguém.
Mundo
docilmente morto
Nosso Mundo
docilmente morto
E não
importa quanto sol escaldante
Faz lá fora.
De nossa janela:
Lá quanto
aqui dentro
Em verdade
será sombra sempre
Mas nossa
sombra é nossa
Minha e sua
e de mais ninguém
Enquanto lá
fora é homogêneo
Massa escura
de esgoto
Entristece-me
a vista
Minha vista
mais escura
Do mundo lá
de fora.
Aqui é
sombra familiar
Do mesmo ventre
morto
Saímos, num
incesto, gêmeos.
Mas não tão
gêmeos
Numa medida
certa de nós dois
Para
concluirmos o círculo da vida.
Ander 09/11/2011
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