sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Funérea espírita





Funérea espírita nocturna
Das danações sangrentas
Cai morta na cova diurna
Do que teu corpo aguentas.

Olhos sepulcrais de fera
Satanizada Satírica donzela
Que o instinto vil a queira
Esta Especial mãe que a zela.

Cuidas da alma que brota
Irrigada de inferno enxofre
Do perfume do Elíseos solta
Ambivalência que sempre sofre.

Dor e dor que causa a carne,
Para teus prazeres mais secretas
Que causa, vão causando até o cerne,
Precipita a inocência violenta!

Funérea Flor Negra na Lápide
Ossos hão de estarem profundamente
E a alma negra que o corvo invade
Carrega-a ao pântano sorrateiramente.

Hades lúgubre de nossos corações
No poço gelatinoso dos flagelados
Tu rasgas a própria carne em porções
Antropófaga ninfa. Lábios congelados.

Gilles de Rais encarnada. Assassina
Tu és toda ela infantis masoquistas
Salpica de sangue com garra felina
E vais morrer na Luz da Lua Satanistas.

Doce silaba articula de tua língua
Contorce minha garganta sufocada
De prazeres e perigos não mingua
Arranca demoníacas gemidas.

A quero esfinge nova de mistério
Antes que cresça até a abobada
Do mundo este infame cemitério
Que as de vestir de couro e mordaças.

E veja estes destroços em tudo
Os destroços és tu mesma
O futuro é as chagas do vagabundo
Pisoteado pelas lesmas.

No infortúnio de todas as gerações
Incompreendidas e determinada
Inútil sentido de todas as religiões
A única importância é ser amada.

Flor Negra vai conspurca-as
Flores brancas devotadas
De inocência para inocências
Ondas de sangue agitadas.

Vem tocar meu peito esquelético
Com Mãos Perversas de Princesa
Tocar-te também irei num estado epilético:
Ambos enaltecidos pela Natureza.


Ander 19/01/2010

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