sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Flor Fincada


Se eu pudesse voltar no tempo
A levaria aos encantos da poesia
Mostraria a beleza de um arco-íris
E caminharíamos juntos pelos campos.

Se o tempo me desse esse pedido
Como uma vela de aniversario assoprada
Pediria que suas paixões fossem mais polidas
Tão menos angustiadas e mais refletidas.

Você notaria a beleza de um flor machucada
Que alguém em desvario de maldade a teve
Numa estrada de terra essa flor fincada
Arrancou sem piedade seu corpo leve.

Se o tempo assim quisesse
A bifurcação no final da estrada
Você iria comigo a que te envelhecesse...
A alma e que os sentidos te dariam dadas.

O amor abriria num leque
De possibilidades coloridas
Não mais nas balelas infindas
Nos disparates frívolos.

Mas o tempo assim não volta
- Nós somos o que somos -
E com pesar vejo a indo dentro
Desfalecendo dentro do seu cosmo.

Embora para amar, o amor...
Tem que estar em si próprio
Para assim permitir o amor ao outro
Primeiro a de se amar primeiro.

Como gostaria que por tudo sentisse
Todas essas palavras escritas na chuva
Pois elas ressaltam em você agua doce
Nesse maremoto de aguas ofensivas.

Pois antes seus olhos de beleza ilimitada
A candura desses olhos que me olham
E olhos para seus olhos de doçura
E não me canso de olhar e sempre a ti olho.


Ander 16/04/2014

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