Dionísio
moribundo suspirava
Ao pé da
gigantesca sepultura
Ergueu o
dedo suave a altura
E ao seu
epitáfio falava.
O sexo
espiritual eunuco
Estagnado
incredulamente
Paladar
horrível. Soltura dos dentes
E o vinho
vazado de uma vagina cancerígena.
Dionísio
Bradava! Hoje a desdém
Antidepressivos
nessa hora
Pois não há
ninfas a deixá-lo duro
Ou mancebos
a bolinar seu rabo.
Cornucópia
dos sentidos
Deus da
orgia, deus da libido
Odores de
seus vales apodrecidos
E há só
moscas aos redores de Dionísio.
Ander
02/02/2013
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