sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Nascimento


Não me lembro ao completar o infinito
Apagar as velas de meus sonhos
Entrar no quarto aonde jaz pilhas de mortos...
Se decompondo... ... Eufóricos, sem acanho.

As paredes do céu se mofam
As estrelas de molestam
Entre eu e elas o tédio nos separa.
Entre eu e elas nada se inflama.

“Tantas tolices que cante ia, que desgosto!
Do sorriso é que é que se erguem construções
Dance embriagado até pelo aroma dos esgotos
Embriagado de aroma não de vândalas maldições.”

Desse meu eu maldito exposto
Desejo dissecar em tamanho nojo
Escarrar em nossa artéria aorta
Rejeitar o presente do Deus sujo.

A sujeira sim em minha alma
Entre meu sentimento de amar
A sujeira sim em meus grotescos lábios...
Meu beijo, meu ato de copular.

Entre meu estomago, entre meu peito.
Toda a extensão da cútis. Espírito...
 Corpo, corpo, resta corpo, apenas corpo... ... ...
Corpo finito, decomposto entre pilhas de mortos, de mortos, mortos.


Ander 25/01/2003

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