Um
pensamento
Em todos nós...
Como corpo
estirado
Entre
árvores...
Um abutre
Em calor
escaldante
Levanta voo
sobre a carniça...
Com o pedaço
de carne
Descendo
sobre a goela,
Outro
pássaro desce,
Outro
pássaro sobe,
Devorando a
singular
Parte
infausta do cérebro
Encharcada
da pestilenta
Memória.
Do
pensamento o corpo
De nós
mesmos
Como o
fígado de Prometeu,
Que nunca
acaba.
Essa
aberração,
O tumor
metafisico
Que todos
nós temos
Nunca é
retirado
Se, a carne
regenera,
Ou a Natureza
nos aniquila
Ou nós mesmo
com a cabeça nos trilhos de um trem
A
despedaçamos.
Daí o fim da
vida
Toda ela se
destraça
E se resta a
lembrança
Aquele corpo
que irá morrer
Por um tiro
Do último
suspiro
Brilha a miserável memória.
Ander 23/12/2014
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