sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Nariz Vermelho


Quero vê-la com a cara pintada
De olhos de boneca de nariz vermelho
De boca enorme sorrindo mesmo calada
Tropeçando em sapatos divertidamente velhos.

Quero vê-la dançando em paralelepípedos
Esses que ganham as ruas de todos os bairros
De Minas descalça ou as vizinhas aqui de Vinhedo
As metrópoles devassas. Dançando entre os carros.

A natureza de tudo que é ser, a do beija flor
E a única força do eixo do globo, moderno bobo
O despertar da lua num canto de encanto seja dor
E a vitalidade do ladrão de amor ao grande roubo.

Seu espetáculo será intrínseco
O Coração libertando-se do peito
Cortinas metafísicas em praças e becos
Acrobáticos. Artistas marginais oriundos.

Se o corpo que a alma carrega
A psique doida a faz humana
O arlequim de suas carnes 
O furor que assim emana.

Observo em minha poesia muda
Os movimentos fluviais de seu ato
E por mais que, nesse ínterim, me irrito
É por um bobo de amar e não querer a partida.

Mas lá no meu âmago sempre Existe
A ideia Exata: a alegria do seu sorriso.


Ander 17/10/2012

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