Anjo em
pompa no ninho de uma ave putrefata
Lúgubres
imagens de imensas arquiteturas góticas
Incumbida a
um corpo de manifestações libidinosas
Oh! Angel,
de infância mortuária, sedenta e vasta.
Desce ao
abismo das almas suplicantes
Para em sua
ira, todavia aconchegante, às almas flagela
Oh! Angel,
sedutora, excitante, a procurei incessantemente
Em uma era;
e cega, morte por febre amarela.
Para vê-la
assim informe, inconstante simbiose
Distante que
está de mim; somos vítimas da vida, amantes da morte
Inconstantes...
Assim a quero, a nudez resplandecente que tem tamanha posse...
Desse
semblante moreno. Gozemos ao ataúde decadente!
Esferas
incompreendidas, do brilho da lua, cadavéricas testemunhas
Do Império
dos MORTOS, o sangue sujo e esquizofrênico
Um encontro
noturno no cemitério vai uma sádica á me sangrar com as unhas!
No horror da
sociedade contemporânea, estereótipos, arranco-lhe a pele.
Vai ao alto
pairando na fumaça de seus apetitosos lábios
A
devassidão, a blasfêmia, as viciosas e sátiras bestas
Fornicando
na superabundância do zero; a filosofia extraordinária!
Ah! Latrina
humana, resíduos miasmáticos e amor à misantropia
Amo te,
nevoa de meus sonhos, tu és meu quadro onírico
Percorre
meus últimos sonhos, pois pereceremos unicamente ao mundo branco.
Fugaz a o
pensamento, morrer quero a seu colo sempre e reviver morrendo novamente
Fugaz o
humano sempre, abrace-me em seus braços quentes para sempre.
Ondulante,
entrelaçando o vácuo melancólico do Universo
Sondá-la hei
senhora, da necrópole donde vivo, dos jardins que tu moras
Uma saliência na vontade humana, espécime
cara, filha de Pandora.
E você disse
– Cortei-me o pedaço da alma, bem onde Deus ressonava
E dissipei a
luz do pensamento, no obscuro ápice do momento
Afundei-me
na perplexidade do meu eu e no atroz da saliva
Vou negando
a vida por que sou uma complexidade negativa do firmamento.
Oh! Límpido
e lapidado nada, senhor de meu coração em chamas
Espíritos
que inflama, dezenove anos de uma vida mansa? Não espero nada.
Ander 2009
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