De pé
perante um abismo
Olhei a
substância da morte
E mergulhei
em meu sadismo
Para
comprovar os enigmas da sorte.
Cai em
demasiados rios de lírios
Sem um
ferimento ou dor impossível
E ao meu
lado um estrebuchado rouxinol
Um animal
que me acompanhou ao meu delírio.
Nas hostis
vegetações fechadas
Senti a dor
dilacerante das pedras
A espremer
as facetas imaculadas
E não ter
êxito nas cátedras das freiras.
E dessas
veredas de tardes obscuras
A fauna
inteira do Brasil a espiar-me:
- Igual à ciência
ao redor de um cadáver -
E desse
ínterim tais coisas a irritar-me.
Em minhas
andanças evitei certo animal...
E dessa
experiência da sorte deparei-me rente a rente
Lá vindo, a
rastejar, a sibilar, a maldita serpente
Lá vindo
assim bem nobre arrogante e vil.
- Numa posição antropomórfica
Este réptil
zombou das duas pernas
Por essa ser
glamour da razão e da perfeita física
Conseguinte
filosofia e não ter compatibilidades fraternas...
Com os
desígnios da religião
E no seu
entendimento
Ser um
símbolo da perversidade
Para essa e
da sabedoria na filosofia
Era um
rudimento incrivelmente inexo -
Gritei “sai
daqui demônio irreflexo!”
Cansado dos
bichos de terra pulei ao mar
E esse me
vomitou no mesmo instante
É que o mar
desdenha o homem antes
E o homem o
mar quer tomar.
Cai em
terra, mas logo fui levado pelas aves
Tão alto,
tão alto, tão alto que andei nas nuvens
E parei de
andar e parei de tudo dentro dessa aeronave
Somente
esses pedaços brancos, algodões de versos para narrar.
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