Aflitivas,
angustiantes, famintas vezes
Meus olhos
de gelo arderam predadores
No seu
esqueleto comprido amarelo
Quantas
vezes, absorto em necrofagia
A pele
esticando sobre seus músculos
Olhos de doença
pornográfica rústica
Contradizendo
esta paisagem mística
Eu delirando
de orgasmo e de amor tamanho
Com sua
caveira que tanto amo
Com os dois
buracos profundos de seu crânio
Que há de um
dia eu vê-los me olhando.
Ander
21/09/2012
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