sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Bonecas de Pano




Na beirada do Universo
A senhora dona dos relógios do tempo...
Todos quebrados. Ela em sua cadeira de balanço...
Pelo espaço, serenamente cantarola as canções róseas eternas
E costura bonecas de pano
São poucas, uma a cada mil anos, e as lança para a terra
São costumeiramente de cílios enormes, a boca de coração vermelho
A pele que o Sol queima no curso da queda
Quando caem o mar as toma, e logo mais velhas ao caminho da terra,
Para sempre bonecas de pano.


Ander 27/12/2014

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