sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Do Homem em Réptil




Na irracionalidade da besta primitiva
Despi meu corpo da pele humana
Numa anti-futura pós pré-evolutiva
Na ideia inexistente das ciências.

Voltei nos primórdios dos lagartos
Colossal fera pagã ateia animalesca
A grandeza enorme em meus instintos
Libertada pelas sombras frescas.

Um riacho vermelho que cuspi e o júri
A porção de carne dando vista nas costelas
O Júri é o espectro da sagrada sucuri
Encarnada desde o primórdio da célula.

Os Olhos de Ninfas dos sonhos Gregos
Contém as mesmas sutis características
Na materialização das fantasias dragonistas
Condenadas nestas vistas a um anti-inferno.

Arrebatadas nas danações monstruosas
O entendimento com a própria Natureza
Rugi o hediondo, nas pútridas pantanosas
Fermentações singularíssimas e complexas.


Ander 14/04/2010

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