sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Possessa


Dilacera e contorce
O espírito que rasga
Geme pecaminosa
Em contrações da carne...
A deliciosa anatomia
Trêmula e trêmula e lasciva
Estão teus olhos possessos
Completamente brancos
E no instante dos sonhos
É a hora de Súcubo
E meu corpo sobre o seu
Sangramos por vezes a consciência
Devorando na antropofagia um ao outro
Dentadas por dentadas
Animalescos lobos
Que pedaços arrebentam 
E os dedos que abrem as carnes
Partes indecifráveis entram
As mãos povoam os seios
Sacrificamos a aréola
E sacrificamos a auréola
Sua língua é bifurcada
Como os olhos das serpentes
Rubro a boca e morta a boca
E esse calor da pele em brasa
Desvariada de prazer
Umedece a toda
Escorre toda...
Foda a toda e.... Para...
E contemplo o corpo inerte
Que o Diabo Abandona
E assim vazia como de encontro a morte
Reencarna.


Ander 01/01/2015  

Nenhum comentário:

Postar um comentário