O chá na
boca passa a hora
E amarga! antes
doce estava, e agora
As palavras,
sem vida de um amoroso padre
A garganta fecha.
Bate a janela de madeira, a madre
E os trincos
dos quartos se contorcem, pavoroso adveio
Tocam os
sinos, chamam o povaréu, um ar completamente feio
Todas de
saúde estavam e irão morrer em seus quartos pequenos
O tal dia tarda,
iluminando a candeia de barro. E cheia de venenos...
Da serpente!
que sai dos matos e morde o animal que estaria à mesa.
Em frente o
cemitério onde pouca gente espera o cadáver de um velho
O corpo que
rendeu-se a desmaterialização de todo um aparelho...
E o carro
fúnebre carregando essa carcaça, horripilante passava
E acima um fantasma
atormentado que não se conformava
Ia com a
odiosidade da vileza profunda que teve em vida
Vai... com o
rancor na alma que o acompanha ainda
Nas queixas no
abismo da infernal estranheza.
Ander
21/04/2015
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