quarta-feira, 8 de abril de 2015

Putrefação Metempsicose





Queria sobre o meu corpo
Acima do meu estado último
Do socorro. E logo para o túmulo
Encerrando a harmonia do átomo.

A luz e as trevas se abrindo
Eu pelo ínterim tecendo
Ou como espírito subindo
Por fim com o Diabo descendo.

O fluido que reencarna
Metempsicose das ideias
Cósmica circulação eterna
Para a finalidade da matéria.

E aqui a carne se desfaz
A mosca ruidosa a consome...
Come a parte que o cérebro é capaz...
De criar o engano de ter alma o homem.

E volto da putrefação da epiderme
Analisando a inexistência da pós-carne
Nem reencarnação, nem céu e nem inferno
Somente a dor do estalo intrincado do carbono.


Ander 07/04/2015

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