terça-feira, 21 de março de 2017

Alma nua


Olhei por uma fresta de minha alma
Teu corpo no beiral de uma cama se despindo
Com os olhos de chuva, pingos d’agua descendo
E cada peça de roupa desnudando-a ia,
Até seu corpo nu, que continuou ainda
Além da pele e dos músculos...
O sangue por completo transbordando-a
E de cada órgão que rompia,
Tal luz não mortal, angelical explodia!
Conforme se despindo...
Até a peça derradeira, de um certo horror
O espelho sem querer refletia
Em dada a hora, ao olhar
A última peça que faltava
Era seu crânio que a você voltava
A vendo completamente nua
Só assim estando pronta
Pegou entre os dedos,
A pena, de completos, inteiros sentimentos
E começou a escrever teus poemas.


Ander 21/03/2017

domingo, 12 de março de 2017

Substância” as montanhas


Caim! Filho meu, teu nome traz a adversidade
Nas inconstantes branduras e constantes obscuras
O brilho! Já brilha o contraste no berço e arde
Boa aventura.... Oh não! Somente a criatura...

E a linha do fantasma medonho é você quem puxa.

Títeres mal costurados serão tantos a teu ninho
Espécimes todas triangulares enaltecidas deliram
E teu vazio não compreende o caos daquele linho
Desenrolando ainda mais confuso, a literária agonia.

Meu símbolo, minha ideia, minha sombra média
A marca na testa é onde vai minha alma irregular
Sofre e não morre... e não vive a estupida comédia
De não te enaltecer em constelação nenhuma.

Os infortúnios, tais cães dóceis serão os que te ama
E carregara “minha plásmica substância” as montanhas
Meus ossos que também são teus e lá enterrara a si próprio...
Como eu ................................ E depois dali descera algum outro
Já distante de mim e não mais tão próximo de você.


Ander 11/03/2017