segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Vale de pedras


Pelo vale de pedras cercadas
Torres de pedras imensas
Lugares amplos e assombrosos
Paredes incomensuráveis
Em cada uma delas uma parte
De minha alma despedaçada
Cada uma um gêmeo idêntico
Desatinados, mornos ou doentes
Todos eles feitos de destino
Coleções do labirinto
Que vão para lá mais cedo ou tarde
Dependendo da importância da eventualidade
Fincados nas paredes de castelos
Repletos de pedras historicamente encerradas
Pedras de tédio e pedras de orgasmos
Pedras de amor fadado ao fracasso
Gigantescos monumentos de pedra
Do que chamamos de passado
Manuseados com cuidado...
Cirurgicamente precisos...
Quando a consciência um retira
Possivelmente todos desabam.


Ander 02/01/2017

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