segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Enternecida


Meu coração está em segredo
Ponho a mão, sinto-o, o excedo...
Uma agitação súbita e singular
Lá no interior, dentro do meu peito e,
Sempre tão calmo, ritmado ele esteve
Outrora em seu dínamo religiosamente sagrado
Até que agora, nessa hora, nesse dia
De muito vento, triste ventania
Sobe em minha garganta e comunica
Que tudo começou por causa dela
E eu; “porque tudo disto meu coração? ”
E novamente em seu silêncio ele encerrava
Sem resposta ao que eu clamava
Voltou meu órgão a sua caixa torácica
E continuo severamente em seu silêncio
E meu corpo sucumbia, mais nada respondia
E quando me pus na grande pesquisa
De que tudo começou por causa dela
Verdade era, a rosa de todas as flores
Dela eram rosas, rosas todas elas
Das pétalas etéreas, delicada, enternecida
A boca, os olhos, rosas de cabelo... em definitivo...
Tudo começou por causa dela, a causa para o alivio
A responsável pelo o que acontecia
Ao sofrimento a que ele se lançava
E no fraco batimento, penúltima força
Fui à jovem que caminhava pela areia
Dizer-lhe que meu coração sofria deveras
E assim ao seu sorriso brando
Meu coração pulou em prantos
Junto ao seu coração que também sofria.


Ander 19/10/2015

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