Rouca,
arrastada e sombria
Moribunda
garganta coagular
Voz de atrozes
catacumbas frias
Ondulando de sua boca triangular.
O ar de gélida assombrosa
Desregulares
passeios noturnos
Monólogo das
lascivas horrorosas
Tem em seus
dedos os anéis de Saturno.
O único
trapo é a única pele
E os seios
decrépitos e sublimes
A louca pela
rua dos flagelos
Vai rouca a
excitar todas as plebes.
E fala
desordenadamente fala
Sem sentido
alguma cada palavra
E mesmo já
pronta a pavorosa vala
Há no
cadáver o recuo de entrar nela.
E quando pelas
vielas remotas
Desorientada
do fulgor supremo
Perante a
igreja dos santos devotados
Um rapaz dos
joelhos castigados
Se apaixona
loucamente por ela.
Ander
21/06/2015