O poeta
quando, essa, a realidade longínqua...
... É
impossível chegar ao teu punho fechado
Socorre à
imaginação que vai de líquida a solida,
Inexoravelmente
as obscuras forças iníquas
E se alivia
e sossega na segurança da arte:
No ato 1°o
soco arranca o dente
Violentamente
já outro na largada
Suscetivelmente
arranque na chegada
Tantos
outros a destruir humanamente
Aquilo que
não serve mais pra nada.
No ato 2° a
mão segura o revolver
Aponta para
a testa do facínora
Cão
miserável, velhaco abominável,
E o gatilho
aperta explodindo o cérebro
No festim ao
inferno enviado o salafrário.
No ato 3° as
mãos estrangulam a meretriz
No
sincronismo das duas em concha sobre a jugular
Onde se
debate a monstruosidade a relutar
E para, e
volta e nunca morre. Ametista maldita
Submergida
nas sombras do tempo.
A tríplice
anti-humano
Das
infindáveis controversas
Versas as
múltiplas faces
Da
incongruência humana
Ao absurdo
do animalesco
Que reina em
todos nós.
Ander
04/03/2020