Desde o
corvo que trouxe
O último
espírito humano
E o mesmo o
levou de volta
Para a cercania
dos túmulos.
Tudo parte e
partiu de mim
A casca da
árvore que a pele raspa
E o ar
sombrio que a Lua espreita
E agora o
espírito está com o corvo.
E nada mais
parte de mim
Como o fim
de tudo
Os mares que
se fecham
Os degraus
que desabam
De quem sobe
e de quem desce.
O espírito
que o pássaro carrega
Também ali
não mais estou
Quando não
sou deveras nada
Todo o
Universo regressa e rasga
Para não ter
a explosão primordial.
Ander
27/07/2016