quinta-feira, 30 de julho de 2015

Espuma quebradiça


Avistei-a sorrateira, de lacinho
Uma Pin Up, entre arbustos, enfeitando
Ia, como se no mundo nada mais existisse
Tocar derradeiramente os pés profundos.

É a juventude cobrindo-lhe a face
Branca como flocos de neve, hora negra...
Como a última pantera. E a pele ancorava
Vagarosamente na mais lasciva cor.

E logo cada peça no seu corpo
De onde lentamente a gravidade...
Descia, de seus montes médios
Peça por peça passando por sua cheia flor.

E assim deitada sobre as pedras
Escultural figura dos grandes desejos
Sobre as paredes dos grandes rochedos
A espuma quebradiça nas ondas da vagina.                                                                                     
Desacoplou de suas metafisicas
Rasgando no horror da intensidade
A outra metade, dos vícios obscuros
A irmã de suas carnes ectoplásmicas.


Ander 27/07/2015