quinta-feira, 21 de maio de 2015

Céu estrelado


Ao recolher noite adentro
Meus pés de volta à casa
Senti como tendo asas
O coração a pular do peito.

E subiu ele (coração) as estrelas
O teto da terra pontilhado
E de tantas estrelas, todas elas
A face ao céu estrelado.

Lua de prata, a esculpida e formosa
Divina, angelical e tudo é primavera
A alma do coração que calma e amorosa
A véspera das rosas docilmente espera.

E desceram eles (os corações) das estrelas
O meu para com o céu a devoção e finitude
O céu para com o meu em espirais de aquarelas
A espiritual imortalidade.


Ander 06/05/2015

Quietude estelar





Rios do ataúde
Apodrecidos pêssegos
A paz d'alma minha
(Embora em vida)
Luz que aquece
E desce o poente
Das torrentes
Mais límpidas
E dos clarões
Estrelados
Ébano dos
Telhados abandonados
Cascos sem dono
Serenidade e abandono
A livre prosa
Todas as espécies
Pela última penumbra
A paz, o sossego
Quietude estelar
Rios que não ondulam
Apodrecidos pêssegos.


Ander 03/05/2015